Bruno, nova comédia de Sacha Baron Cohen, recebeu da Motion Picture Association of America, a classificação NC-17, a mais pesada de todas, e segundo a jornalista Sharon Waxman, do site The Wrap, a Universal não cogita lançar o filme com essa censura.
No domingo, um porta-voz da Universal confirmou a classificação. “Em sua primeira submissão, o filme não recebeu um R, mas é muito cedo para dizer que existirá alguma dificuldade para chegar à classificação desejada, já que o processo está apenas no início”, disse.
Segundo a fonte, Cohen ainda não finalizou o longa e, por isso, já testou duas diferentes versões do filme em exibições-teste. Ambas teriam sido bem recebidas, mas a Universal quer que Cohen volte novamente à sala de edição e produza um filme de censura R.
Os longas que recebem a censura NC-17 são aqueles que, segundo a MPAA, exibem cenas de linguagem extremamente ofensiva e sexual, nudez explícita, cenas perturbadoras de violência ou sequências gráficas de uso de drogas. Nesses filmes, não é permitida a entrada de nenhuma pessoa com menos de 17 anos, mesmo com a autorização ou a companhia de um responsável.
Ser classificado como NC-17 e R tem uma grande diferença nos Estados Unidos. Como quase nenhum filme NC-17 foi lançado por um estúdio de grande porte, a Universal teria que gastar muito para o marketing do longa. Bruno custou ao estúdio US$ 42 milhões, pouco mais que o dobro do orçamento de Borat.
Não é a primeira vez que Cohen tem problemas com a censura. Borat também recebeu, inicialmente, a censura NC-17 e, mesmo depois de alguns cortes, conseguiu ser um sucesso mundial. De acordo com um executivo do estúdio, Bruno é ainda mais chocante que Borat. “Ele (Cohen) ofende todo mundo. Mas você ri assim que o filme começa. Um cara como Sacha filma o que quer e, só depois, tenta negociar”.